O indicador
Dívida Líquida sobre o EBITDA

A DL/EBITDA é um dos indicadores financeiros mais utilizados por analista para medir a saúde financeira de empresas. Veja aqui seu conceito e como calcular.

Contextualizando
Sempre dissemos e não cansamos de repetir: uma das maiores ameaças a um negócio são as dívidas. É por isso que existem tantos indicadores de endividamento e quase todos eles são usados. O indicador de Dívida Líquida sobre o EBITDA visa medir em quanto tempo uma empresa conseguiria pagar suas dívidas, baseado no desempenho atual da operação. Entre os indicadores de endividamento, o também chamado DL/EBITDA é certamente um dos mais utilizados. Em geral, o a DL/EBITDA é expressa em "x" (vezes). Quanto maior a Dívida Líquida/EBITDA, mais alavancada está a empresa e mais riscos ela corre. Um DL/EBITDA alto indica risco alto!
Por exemplo, podemos dizer que a empresa XYZ apresenta uma Dívida Líquida/EBITDA de 2x. Isso significa dizer que, com aquilo que ela gera de lucro operacional atualmente, ela precisaria de 2 anos para pagar todas as suas dívidas.

Antes de continuar, vamos rever algumas definições são importante:

O que é Dívida Bruta?
Dívida Bruta é o somatório de tudo aquilo que é dívida financeira, que você ainda deve. Toda a dívida de curto e longo prazo entram no cálculo.

O que é Dívida Líquida?
É a Dívida Bruta menos o Caixa que a empresa tem no momento. Ou seja, todo somatório de dívida que ainda devemos, menos aquilo que possuiríamos hoje para pagar.

O que é EBITDA?
É o Lucro Operacional da empresa menos os Juros, IR, Depreciação e Amortização. É uma conta do DRE.

A Fórmula
Vale mencionar que a utilização do EBITDA e não do EBIT, do Fluxo de Caixa Operacional ou outro item é apenas convencional. O analista pode utilzar aquilo que cabe melhor a sua análise.

Bom, depois do nome, de entendida a lógica e do reconhecimento dos itens que compõem o cálculo, escrever a fórmula é redundância:

Dívida Líquida / EBITDA ou (Dívida Total - Disponíveis) / EBITDA
A dívida total da empresa você consegue encontrar observando o Passivo no Balanço Patrimonial. Some as dívidas de curto e longo prazo. O Caixa você consegue encontrar no Ativo Circulante, na conta Disponíveis (ou Caixa, mesmo). O EBITDA está presente no DRE. Se ele não estiver lá ou falta informação para o seu cálculo, pode utilizar o Lucro Operacional total, que a análise ainda será válida.

Vamos a um Exemplo Simples
Digamos que uma empresa possua uma dívida de curto prazo de R$ 1.000 e dívidas de longo prazo que somem R$ 3.000. Atualmente, ela tem R$ 500 disponível em conta corrente. No último ano, ela obteve um EBITDA de R$ 1.500. Qual é a sua dívida líquida / EBITDA?
O cálculo do exemplo segue:
Dívida Bruta = Dívida de Curto Prazo + Dívida de LP
Dívida Bruta = R$ 1.000 + R$ 3.000 = R$ 4.000
Dívida Líquida = Dívida Bruta - Caixa
Dívida Líquida = R$ 4.000 - R$ 500 = R$ 3.500
Sendo o EBITDA = R$ 1.500, temos:
DL/EBITDA = 3.500 / 1.500 = 2,33x


O que o resultado nos diz? Que a empresa, baseado no lucro operacional que gerou no último exercício e com a disponibilidade atual de caixa, precisaria de mais 2,33 anos para acumular a quantia necessária para pagar suas dívidas.

Conclusão
Esperamos que você tenha entendido o motivo desse indicador ser tão utilizado: ele passa uma ideia muito clara do quão a empresa está próxima, ou não, de conseguir pagar suas dívidas. Isso auxilia na medição de alavancagem, de risco do negócio, de organização, etc.
Essa análise pode ser feita em empresa de qualquer porte. Basta apenas ter em mãos o total da dívida ainda a ser paga, o lucro operacional do último período e o caixa.
Simples e últil, certo?

Lembre-se: quanto maior a DL/EBITDA, maiores são os riscos do negócio.

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